A história de uma mulher que viu a filha engravidar aos 17 anos
Ser avó aos 36 anos. Esse não era o pensamento da técnica de laboratório, Walkyria Aparecida Silvério. A filha, Polliana, que na época tinha 17 anos, era uma menina responsável e muito ajuizada, como conta a mãe, mas, o inesperado aconteceu: ela ficou grávida e há quatro anos nasceu Kaio.
Receber a notícia foi o momento mais traumático, pois Walkyria previu pelo quê a filha iria passar. "Imaginei na hora todos os problemas que ela iria enfrentar. Tudo que ela perderia por causa da gravidez", desabafa.O sentimento também foi de frustração. A técnica de laboratório conta que sempre foi uma mãe muito brincalhona e que tem a liberdade de conversar sobre todos os assuntos com os filhos, mas, mesmo assim, não conseguiu evitar que a filha passasse por essa situação. "Ficou um sentimento de culpa, impotência. Por mais que eu ensinei, não deu certo".
Passado o momento do baque, tiveram que vir as soluções práticas. Como os pais de Polliana trabalham o dia todo, ela não teria com quem deixar a criança e teve que sair da escola, antes de completar o 2º grau. "Ela voltou a estudar no ano passado, quando o menino já tinha três anos. Só aí que ela teve condições de deixá-lo com alguém", explica Walkyria.
Largar os estudos foi apenas uma das conseqüências. A adolescente também se separou do pai da criança e só começou a receber a pensão para o filho quando a criança completou três anos. Até então, os avós maternos de Kaio é que eram responsáveis pelo sustento da filha e do neto. "Minha filha ficou mais de um ano sem sair. Ela perdeu boa parte da juventude por causa dessa situação".
Por outro lado, Walkyria descobriu o tanto que a filha continuou responsável, mesmo tendo engravidado cedo. "Ela assumiu a responsabilidade. A Polliana vive a vida do filho, é uma mãe exemplar. Os dois são um grude só". Com o pai, já não acontece o mesmo. Ele registrou o menino assim que nasceu, mas foi embora em seguida. Passados três anos, voltou, mas perdeu boa fase da vida de Kaio e, ainda, não têm tanta intimidade assim. O pai de Polliana também demorou a aceitar a situação. Walkyria contou que ele até entrou em depressão. "Meu marido é um pai com todas as letras. Daqueles que coloca comida no prato, ajuda a fazer dever. Para ele, compreender aquela situação foi pior do que pra mim. Ele até entrou em depressão".
Agora que todos os apuros do primeiro momento ficaram para trás, Walkyria afirma que não foi fácil, mas que o Neto sempre foi muito bem vindo. Ela garante que não tem problema algum em ser avó nova, pelo contrário, afirma que Kaio foi um dos melhores presentes que ela e sua família receberam.
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