Varginhense contratada por equipe européia é um dos destaques nacionais do handebol feminino



De Varginha, no Sul de Minas, para Hungria. Foi esse caminho que o esporte proporcionou à varginhense, Jaqueline Anastácio, percorrer. Em pouco tempo, ela saiu dos joguinhos de handebol despretensiosos na hora da aula de Educação Física, para conquistar o prêmio de melhor jogadora da modalidade no Brasil, no ano de 2009. No começo deste ano se mudou para a Europa, onde atua como profissional na equipe húngara, Syofoc, e também tem sido convocada frequentemente para atuar na seleção brasileira.
Todo esse sucesso chegou cedo. Hoje, Jaqueline tem apenas 23 anos e uma cabeça cheia de planos para o futuro. “Quero poder jogar handebol representando o Brasil em uma Olimpíadas e continuar na Europa por mais alguns anos para me estruturar financeiramente”, revela a atleta, que, apesar da pouca idade, teve maturidade suficiente para decidir os rumos que sua vida deveria tomar. “Quando resolvi sair do Brasil, foi muito bem resolvido, já havia recebido outras propostas em outros anos, mas sentia que ainda não era a hora, pois queria me formar para depois sair. Então, quando a decisão foi tomada, foi tudo tranqüilo, apesar da curiosidade e do receio de ter a experiência de jogar o handebol europeu. Assim, com muito querer e apoios dos meus familiares, amigos e namorado, tomei coragem, decidi e hoje estou aqui”, relata Jaqueline em uma conversa com a reportagem da Revista Bem Viver por email.
Toda essa coragem também é assumida na hora de responder se acredita que há preconceitos contra as mulheres no mundo do esporte. Muito certa de sua opinião, Jaqueline afirma que não precisa existir preconceitos entre os sexos, principalmente, porque as mulheres têm conseguido até mesmo superar os homens em algumas áreas. “Nos sentimos tão competentes quanto os homens. Às vezes, até mais. Acredito que esse seja um dos motivos pelo qual eu nunca me senti discriminada, nem no Brasil, nem aqui na Europa. Não posso mentir que sei que na maioria das vezes as pessoas gostam de assistir aos jogos masculinos, mas acredito que não seja por preconceito, mas, sim, por nível técnico”, opina.


Patriotismo
Mesmo tendo conquistado respeito e sucesso no esporte europeu, a varginhense não esquece suas raízes e fala da emoção que sente, ao representar o Brasil em um jogo pela seleção nacional. “Quando visto a camiseta da seleção brasileira, a sensação que tenho é de trabalho reconhecido e muita satisfação de poder estar representando o meu País. Sempre que ouço o hino antes dos jogos, me vem um filme na cabeça de tudo que já passei para estar ali. Por isso, sempre deixo uma lágrima cair. É arrepiante!”, se emociona.
Emoção que pretendemos ver ainda muitas vezes. Jaqueline é uma forte candidata a integrar a delegação brasileira nas Olimpíadas de 2012, em Londres e, com certeza, Varginha e o Sul de Minas inteiro estarão torcendo por ela.
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